Lista Vermelha da UICN

A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) das espécies ameaçadas, também conhecida como Lista Vermelha da IUCN ou, em inglês, IUCN Red List ou Red Data List, foi criada em 1964 e constitui um dos inventários mais detalhados do mundo sobre o estado de conservação mundial de várias espécies de plantas, animais, fungos e protistas.

A Lista Vermelha obedece a critérios precisos, para avaliar os riscos de extinção de milhares das espécies e subespécies, pertinentes a todas as espécies e em todas as regiões do mundo, com o objetivo de informar sobre a urgência das medidas de conservação para o público e legisladores, assim como ajuda a comunidade internacional na tentativa de reduzir as extinções.

Prioridades e ações de conservação.

A categoria de ameaça não é necessariamente suficiente para determinar as prioridades das ações de conservação. A categoria de ameaça simplesmente fornece uma avaliação do risco de extinção nas circunstâncias atuais, enquanto um sistema para detectar as prioridades de ação incluirá vários outros fatores relativos à ação de conservação, como custos, logística, chances de sucesso e outras características biológicas (Mace e Lande 1991). A Lista Vermelha não deve, portanto, ser interpretada como uma forma de definir prioridades (UICN 2001, 2012b). A diferença entre medir ameaças e planejar as prioridades de conservação precisa ser enfatizada. No entanto, a avaliação de táxons usando os Critérios da Lista Vermelha representa um primeiro passo crítico no estabelecimento de prioridades para ações de conservação.

Muitos táxons avaliados com os Critérios da Lista Vermelha da UICN já estarão sujeitos a algum nível de ação de conservação. Os critérios para as categorias de ameaça devem ser aplicados a táxons sujeito a diferentes níveis de ação de conservação, e quaisquer medidas de conservação devem ser incluídas na documentação de avaliação. É importante enfatizar aqui que um táxon pode requerer ação de conservação mesmo que não seja listado como ameaçado, e que táxons ameaçados efetivamente conservados podem, à medida que seu status melhora com o tempo, deixar de se qualificar para as categorias de ameaça.